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Após decisão de Toffoli, juiz federal envia caso do Banco Master ao STF

Toffoli puxa decisões sobre o caso Banco Master para o STF O juiz federal Antonio Cláudio Macedo da Silva, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, determino...

Após decisão de Toffoli, juiz federal envia caso do Banco Master ao STF
Após decisão de Toffoli, juiz federal envia caso do Banco Master ao STF (Foto: Reprodução)

Toffoli puxa decisões sobre o caso Banco Master para o STF O juiz federal Antonio Cláudio Macedo da Silva, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, determinou nesta quarta-feira (3) o envio ao Supremo Tribunal Federal (STF) do inquérito da Operação Compliance Zero, que investiga executivos do Banco Master por suspeita de fraude bilionária. Ele também ordenou que a Polícia Federal suspenda imediatamente qualquer ato investigativo até nova decisão do ministro Dias Toffoli. A medida do juiz ocorre logo após o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidir “puxar” para o STF qualquer análise relacionada ao caso — o que, na prática, paralisa procedimentos em instâncias inferiores. Toffoli assumiu controle das decisões após ação das defesas A decisão de Toffoli tem origem na Reclamação 88.121, apresentada por advogados de diretores do banco. As defesas pediam a suspensão das investigações enquanto a Corte definia qual instância é competente para conduzir o caso. O ministro não atendeu ao pedido de paralisar completamente o inquérito, mas determinou que qualquer nova medida policial que precise de autorização judicial deve ser submetida exclusivamente a ele. Toffoli também decretou sigilo sobre todo o processo. A iniciativa das defesas afirma que a Justiça Federal de primeira instância — responsável por ordenar a prisão de Daniel Vorcaro, controlador do banco — não seria competente para conduzir o caso. Vorcaro é suspeito de liderar uma fraude estimada em R$ 12 bilhões. Menção a autoridade com foro Segundo o juiz federal, um dos investigados alegou ao Supremo que, durante busca e apreensão, teria sido encontrado um documento relacionado a um parlamentar — o que pode envolver autoridade com foro por prerrogativa de função. Para o juiz, esse simples indício já exige que a investigação seja enviada ao STF: “A mera referência a autoridade com prerrogativa de foro já deve implicar cautela do magistrado a quo”, escreveu. Ele argumentou que agir com prudência evita nulidades e protege a investigação, citando que “açodamentos” em casos penais no passado comprometeram esforços institucionais. PF deve parar investigações Na decisão, o juiz determinou: suspensão imediata de todos os atos investigativos pela PF, no inquérito e em todas as medidas cautelares; envio urgente ao STF do inquérito e de todas as ações correlatas, incluindo pedidos de prisão, buscas e apreensões, sequestro de bens e quebras de sigilo; intimação urgente do Ministério Público Federal e da Polícia Federal; baixa dos autos na 1ª instância após o envio. Liberação de executivos do banco A decisão de Toffoli ocorre poucos dias após o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) revogar a prisão preventiva de Daniel Vorcaro e de outros investigados. A Justiça havia decretado as prisões no âmbito da Operação Compliance Zero, deflagrada pela PF para apurar supostas fraudes no sistema financeiro. Agora, com a determinação do ministro, qualquer novo passo investigativo dependerá de autorização do Supremo.