Bradesco vai acabar com home office para quase 900 funcionários em 2026
O Bradesco anunciou que vai encerrar o modelo de home office para quase 900 funcionários a partir de janeiro de 2026, segundo o Sindicato dos Bancários e Fina...
O Bradesco anunciou que vai encerrar o modelo de home office para quase 900 funcionários a partir de janeiro de 2026, segundo o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região. A medida afetará duas áreas específicas. No departamento de investimentos, 844 funcionários voltarão aos escritórios a partir de 2 de janeiro. Já a tesouraria contará com 50 bancários em regime totalmente presencial. Todos os cargos afetados estão na capital paulista e na região de Osasco. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Em nota enviada ao g1, o banco afirmou que "a definição da rotina é orientada pela liderança de cada área, que estabelece a matriz ideal de dias presenciais e remotos com base nas especificidades operacionais". Segundo a instituição, cerca de 50% dos mais de 82 mil funcionários atuam em regime híbrido — ou seja, alternando entre dias remotos e presenciais no escritório. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 "O Bradesco busca sempre um equilíbrio entre o presencial e o remoto, com foco na produtividade e no bem-estar das pessoas", acrescentou. O sindicato informou que acompanhará o processo de perto e que "qualquer retorno presencial deve ocorrer com condições estruturais e organizacionais adequadas". A entidade discutirá o assunto com os funcionários na próxima terça-feira (9). "Uma péssima notícia de fim de ano para os bancários e suas famílias", avaliou a presidente do sindicato, Neiva Ribeiro. A decisão do Bradesco ocorre em meio a um movimento já adotado por outras instituições financeiras. Em novembro, o Nubank anunciou que exigirá o retorno aos escritórios por pelo menos dois dias na semana, a partir do segundo semestre do próximo ano. (leia abaixo) O Itaú, por sua vez, demitiu cerca de mil funcionários que atuavam em regime híbrido ou remoto. Segundo o banco, a medida foi tomada após uma “revisão criteriosa de condutas relacionadas ao trabalho remoto e registro de jornada”. Bradesco Reuters Nubank migra do home office para o modelo híbrido Em 6 de novembro, o Nubank anunciou que exigirá a presença dos funcionários nos escritórios pelo menos dois dias por semana a partir do segundo semestre de 2026. Atualmente, a equipe atua em um modelo quase totalmente remoto. Para isso, o banco informou que investirá na ampliação de espaços corporativos em São Paulo, Cidade do México e Bogotá, além de áreas específicas em Campinas (SP), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro e Buenos Aires, na Argentina. A empresa também ampliará escritórios nos Estados Unidos, em Washington D.C., Miami e Palo Alto. A mesma medida será adotada nos centros de talentos em Berlim, Montevidéu e Durham, também nos EUA. No entanto, o Nubank não informou o valor do investimento para a migração de seus 9.500 funcionários ao modelo híbrido. "Nos últimos cinco anos, o Nubank prosperou em um ambiente prioritariamente remoto", afirmou em carta aos funcionários o presidente-executivo do Nubank, David Vélez, destacando que, nesse período, o banco alcançou 122 milhões de clientes. Itaú demitiu funcionários após revisão de produtividade no home office No início de setembro, o Itaú demitiu cerca de mil funcionários que atuavam em regime híbrido ou remoto. A medida foi tomada após a instituição financeira avaliar a produtividade dos colaboradores no home office. Procurado pelo g1, o banco não confirmou o número de demissões, mas informou em nota que a decisão foi tomada após uma “revisão criteriosa de condutas relacionadas ao trabalho remoto e registro de jornada”. A incompatibilidade estaria entre as atividades registradas nas plataformas e o registro de ponto dos trabalhadores — o que indicaria, na prática, que as horas efetivamente trabalhadas não foram corretamente registradas. "Em alguns casos, foram identificados padrões incompatíveis com nossos princípios de confiança, que são inegociáveis para o banco", disse a instituição. Ainda de acordo com o Itaú, a medida fez parte de um "processo de gestão responsável", com o objetivo de "preservar nossa cultura e a relação de confiança que construímos com clientes, colaboradores e a sociedade.”