Catopês, Marujos e Caboclinhos reconhecidos como patrimônio imaterial de Minas
Montes Claros viveu um momento histórico para sua cultura popular. O Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA-MG) reali...
Montes Claros viveu um momento histórico para sua cultura popular. O Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA-MG) realizou a entrega das Declarações de Patrimônio Cultural a grupos de cultura popular da cidade, pelo reconhecimento dos caminhos, expressões e celebrações do Rosário como Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais. A cerimônia marcou o encerramento da programação do evento “Diálogos da Cultura”, realizado pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo em parceria com a Secretaria Estadual de Cultura e Turismo, no Centro Cultural. Durante dois dias, o encontro reuniu gestores, agentes e profissionais da área para discutir políticas públicas voltadas para patrimônio, museus, arquivos, bibliotecas e fomento. A entrega das Declarações reuniu mestres e representantes das guardas e ternos de Montes Claros, que coloriram o espaço com fé, música e ancestralidade. GRUPOS HOMENAGEADOS Primeiro Terno de Catopês de Nossa Senhora do Rosário; Segundo Terno de Catopês de Nossa Senhora do Rosário; Primeiro Terno de Catopês de São Benedito; Segundo Terno de Catopês de São Benedito; Primeira Marujada de Montes Claros; Segunda Marujada de Montes Claros; Caboclinhos de Montes Claros. Júnia Rebello, secretária municipal de Cultura e Turismo de Montes Claros, destacou a importância deste momento: “o estado de Minas Gerais tem se esforçado de maneira ímpar para a valorização e o reconhecimento dos grupos da cultura tradicional mineira, através do Projeto Caminhos do Rosário. Coube aos municípios identificar seus grupos, inscrevê-los e reconhecê-los, cumprindo etapas do processo. Desta maneira, foi com grande satisfação que vimos acontecer esta entrega aos nossos grupos de Cultura tradicional, Catopês, Marujos e Caboclinhos, que têm agora o reconhecimento do IEPHA como parte do patrimônio imaterial do Estado de Minas Gerais”. A secretária acrescenta: “para nós, que trabalhamos com a salvaguarda dos grupos do município de Montes Claros, buscando a proteção dos valores que eles carregam na sua trajetória, este é um momento importante. Vai além da valorização e do reconhecimento. Escreve o município, seu povo, sua cultura na história do Estado de Minas Gerais, elevando nossas manifestações populares, nos irmanando nesta caminhada pela sua permanência”. Para a gerente de Preservação e Promoção do Patrimônio Cultural da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Montes Claros, Gesiane Mota, “o reconhecimento oficial, materializado por estas Declarações, é a validação de uma resistência cultural que se perpetua por gerações em nossa cidade. Os Catopés, os Marujos e os Caboclinhos são expressões de fé, tradição, arte, ritmo e de comunidade. São guardiões de saberes transmitidos oralmente, de técnicas corporais e musicais únicas.” Trajados com suas fardas, fitas e adereços, os representantes de cada grupo receberam das mães da Gerente de Identificação e Pesquisa do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA/MG), Ana Paula Trindade, o Certificado. Um passo importante celebrado em meio a cantos ritmados pelas caixas e tambores. Foram saudados os mestres presentes e ausentes em Vivas a Nossa Senhora do Rosário, a São Benedito e ao Divino Espírito Santo. E ao povo de Montes Claros pelo reconhecimento a esta que é a maior manifestação da cultura popular da região há quase 200 anos. REPRESENTANTES DA CULTURA POPULAR DE MONTES CLAROS RECEBEM O RECONHECIMENTO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Silvana Mameluque/SECOM-PMMC