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Derrite ajusta papel da PF em relatório de projeto antifacção

O relator do PL Antifacção, deputado Guilherme Derrite (PP-SP), alterou o papel da Polícia Federal no combate ao crime organizado em seu parecer sobre o proj...

Derrite ajusta papel da PF em relatório de projeto antifacção
Derrite ajusta papel da PF em relatório de projeto antifacção (Foto: Reprodução)

O relator do PL Antifacção, deputado Guilherme Derrite (PP-SP), alterou o papel da Polícia Federal no combate ao crime organizado em seu parecer sobre o projeto. 📱Acesse o canal da Sadi no WhatsApp Em documento enviado ao blog, Derrite afirma que, após ouvir "diversas sugestões de parlamentares, magistrados, membros do Ministério Público, advogados e agentes de segurança", decidiu incorporar mudanças ao texto. A principal alteração redefine o papel da PF nas investigações, revertendo o ponto mais controverso da proposta original, que limitava a atuação do órgão. "Após a apresentação do primeiro parecer, recebi diversas sugestões de parlamentares, magistrados, membros do Ministério Público, advogados e agentes de segurança, que conhecem as dificuldades e os problemas reais da segurança pública. Escutei-as atenciosamente, em nome da relevância da pauta, que é suprapartidária, e do processo democrático, que sempre defendi, razão pela qual disso, incorporo ao substitutivo as seguintes alterações", disse Derrite ao blog. No novo texto, Derrite propõe "garantir que a Polícia Federal participe das investigações de organizações criminosas, paramilitares ou milícias civis". Pela nova redação, a PF atuará "em caráter cooperativo com a polícia estadual respectiva, sempre que os fatos investigados envolverem matérias de sua competência constitucional ou legal". Segundo o relator, a mudança "promove a integração cooperativa interinstitucional que se espera em crimes desta complexidade". LEIA MAIS Proposta de Derrite para PL Antifacção 'banaliza o terrorismo' e desestabiliza o sistema penal, diz secretário nacional de Segurança Pública Veja os principais pontos do projeto de lei antifacção, que prevê até 30 anos para crimes de organização criminosa Proposta de Derrite para PL Antifacção 'banaliza o terrorismo', diz Sarrubbo Nesta segunda-feira (10), Derrite se reuniu com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e com o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, para achar uma forma de estruturar" um novo texto que "não tire poderes da Polícia Federal, segundo o blog da Natuza Nery. A versão original do parecer de Derrite causou forte reação do governo e de especialistas. O texto previa que a PF só pudesse atuar em investigações de facções se fosse acionada, ou provocada, pelo governador do estado. Em nota divulgada mais cedo nesta segunda-feira, a PF disse que acompanha com preocupação as alterações feitas pelo relator. Segundo a PF, a proposta original do governo buscava endurecer o combate ao crime organizado, mas o texto apresentado por Derrite “compromete o interesse público” ao promover mudanças que podem enfraquecer o papel histórico da corporação em investigações de grande alcance. Em entrevista ao Estúdio i, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse que a escolha de Derrite como relator do projeto está "contaminada com a questão política" e que o tema da segurança pública "tem tudo a ver com 26". Indicou o secretário do governador que pretende disputar eleição em 2026, diz Gleisi sobre escolha de Motta