cover
Tocando Agora:

Empresário de Guaratinguetá é alvo de megaoperação que investiga sonegação de impostos e lavagem de dinheiro em empresas de combustíveis

Megaoperação contra sonegação de impostos e lavagem de dinheiro mira o Grupo Refit Um empresário de Guaratinguetá, no interior de São Paulo, está entre ...

Empresário de Guaratinguetá é alvo de megaoperação que investiga sonegação de impostos e lavagem de dinheiro em empresas de combustíveis
Empresário de Guaratinguetá é alvo de megaoperação que investiga sonegação de impostos e lavagem de dinheiro em empresas de combustíveis (Foto: Reprodução)

Megaoperação contra sonegação de impostos e lavagem de dinheiro mira o Grupo Refit Um empresário de Guaratinguetá, no interior de São Paulo, está entre os alvos de uma megaoperação, realizada na manhã desta quinta-feira (27), que investiga um grupo do setor de combustíveis suspeito de sonegar impostos e fazer lavagem de dinheiro. A Rede Vanguarda apurou que, em uma ação conjunta entre várias forças de segurança, foi cumprido um mandado de busca contra o empresário nesta quinta-feira (27). Ao todo, são mais de 190 alvos da operação em cinco estados do país. Eles são suspeitos de integrarem uma organização criminosa e de praticarem crimes contra a ordem econômica e tributária e lavagem de dinheiro. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp Segundo os investigadores, o grupo de empresas é considerado o maior devedor de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias ou Serviços) do estado de SP. O esquema já causou prejuízo de R$ 26 bilhões aos cofres estaduais e federal - leia mais abaixo. Ainda segundo a apuração da Rede Vanguarda, o empresário de Guaratinguetá é suspeito de ter envolvimento no esquema fraudulento. Até o momento, a identidade do empresário de Guaratinguetá não foi divulgada pelas autoridades. Por isso, o g1 não conseguiu localizar a defesa do homem. A reportagem será atualizada caso o empresário ou os advogados dele se manifestem. Megaoperação mira o Grupo Refit, apontado como o maior devedor de impostos de São Paulo Divulgação A operação Os mandados são cumpridos em cinco estados — São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Maranhão — e no Distrito Federal. Batizada de Poço de Lobato, a ação mobiliza 621 agentes públicos, entre promotores de Justiça, auditores fiscais da Receita Federal, das secretarias da Fazenda do município e do estado de São Paulo, além de policiais civis e militares. A operação foi deflagrada pelo Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos do Estado de São Paulo (Cira-SP) e conta com a participação da Receita Federal, Ministério Público de São Paulo, Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de SP, Secretaria Municipal de Fazenda de SP, Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, Procuradoria-Geral do Estado de SP e polícias Civil e Militar. Suspeita de fraude O Grupo Refit, dono da antiga refinaria de Manguinhos, no Rio de Janeiro, e dezenas de empresas do setor de combustíveis, é o principal alvo da megaoperação. Comandado pelo empresário Ricardo Magro, o grupo é considerado o maior devedor de ICMS do estado de São Paulo, o segundo maior do Rio e um dos maiores da União. Procurada pelo g1 SP, a defesa do grupo não havia se manifestado até a última atualização desta reportagem. Segundo a apuração do g1 SP, os investigadores detectaram o uso de fintechs e fundos de investimento no esquema. As fraudes ocorriam por meio de uma rede de colaboradores, holdings, offshores, meios de pagamento e fundos de investimento. O dinheiro ilícito era reinvestido em negócios, propriedades e outros ativos por meio de fundos de investimento, dando aparência de legalidade e dificultando o rastreamento. A Receita Federal já identificou 17 fundos ligados ao grupo, que somam patrimônio líquido de R$ 8 bilhões. Em sua maioria, são fundos fechados com um único cotista, geralmente outro fundo, criando camadas de ocultação. Há indícios de que as administradoras colaboraram com o esquema, omitindo informações à Receita. A análise dos fundos identificou a participação de entidades estrangeiras como sócias e cotistas, além da coincidência de representantes legais entre offshores e fundos - saiba mais clicando aqui. Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina