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Pioneira do DF, 'Vó Pifa' morre aos 108 anos

Dona de casa do DF decide entrar para o livro dos recordes A vovó Pifa, como era conhecida Epifânia Maria de Jesus Mendes, uma das pioneiras do Distrito Feder...

Pioneira do DF, 'Vó Pifa' morre aos 108 anos
Pioneira do DF, 'Vó Pifa' morre aos 108 anos (Foto: Reprodução)

Dona de casa do DF decide entrar para o livro dos recordes A vovó Pifa, como era conhecida Epifânia Maria de Jesus Mendes, uma das pioneiras do Distrito Federal, faleceu neste sábado (15) aos 108 anos de idade. Ela sonhava em ser a mulher mais velha do mundo a fazer uma tatuagem. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. Ao g1, familiares relataram que vó Pifa foi internada há dois meses no Hospital Santa Lúcia, na Asa Sul, para tratar uma insuficiência nos rins. Segundo eles, o quadro de saúde se agravou nas últimas semanas. Moradora de Sobradinho, o falecimento de Epifânia foi compartilhado pela família nas redes sociais. Seu corpo será velado nesta segunda-feira (17), no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, às 13h. Epifânia Maria de Jesus Mendes sonhava em entrar no Guinness Book como mulher mais velha do mundo a fazer uma tatuagem Arquivo pessoal Alto astral e ativa De alto astral e bom humor, vó Pifa era conhecida pelo estilo de vida para lá de inusitado. Com quatro tatuagens, ela sonhava em ter o nome registrado no Guinness Book, o livro mundial de recordes, como a mulher mais velha do mundo a fazer uma tatuagem. Aos 106 anos de idade, ela foi destaque de uma reportagem do DF2 em 2023 demonstrando sua energia, lucidez e vida ativa (veja a reportagem abaixo). Vó Pifa dá exemplo de energia aos 106 anos Pioneira do DF Natural de Correntina, na Bahia, vó Pifa nasceu no dia 7 de abril de 1917, um sábado de Aleluia. Em entrevista concedida ao g1 em 2022, ela conta que teve uma infância tranquila na cidade, onde cresceu. Em 1935, já casada e com dois filhos, acompanhou o marido e uma tropa de baianos para ver a inauguração de Goiânia, em Goiás. A família percorreu 728,2 km de jegue. Em 1956, o marido da Epifânia foi chamado para ajudar na construção da nova capital do Brasil. Ela veio em 1956. "Meu marido trabalhou na Novacap e ajudou a construir Brasília. Era quem cuidava dos peões, administrava as obras. Eu trabalhava cozinhando e lavando as roupas dos candangos. Sou uma candanga também", diz vó Pifa. Vó Pifa com a filha Eunice Mendes Carvalho Arquivo pessoal Após quase 62 anos da inauguração de Brasília, as lembranças da época seguem frescas na memória de senhora centenária. Ela detalha como era o dia a dia na construção da nova capital e a convivência com o ex-presidente Juscelino Kubitschek. "A gente andava muito a pé, pegava lenha, carregava água na cabeça. Juscelino era muito bom. Igual a ele está longe de existir. Era amigo de muita gente, visitava os candangos. Era um ótimo ser humano, amigo do povão", conta. Para vó Pifa, a vinda para Brasília foi uma das melhores decisões da vida. "Hoje, tenho muita gratidão, alegria. É uma terra abençoada, onde fiz muita amizades, até com os passarinhos", diz, sorrindo. Vó Pifa, moradora do DF, fazendo a primeira tatuagem, aos 90 anos, em 2007 Arquivo pessoal LEIA TAMBÉM: 105 ANOS: Moradora do DF quer entrar para o Guinness Book como a mulher mais velha do mundo a fazer uma tatuagem VÍDEO: Vó Pifa dá exemplo de energia aos 106 anos de idade Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.