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Polícia Civil investiga perfil em rede social que fez acusações e expôs moradores em Carmo do Rio Claro, MG

Polícia Civil investiga origem de ofensas contra moradores de Carmo do Rio Claro A Polícia Civil investiga publicações feitas em um perfil de rede social qu...

Polícia Civil investiga perfil em rede social que fez acusações e expôs moradores em Carmo do Rio Claro, MG
Polícia Civil investiga perfil em rede social que fez acusações e expôs moradores em Carmo do Rio Claro, MG (Foto: Reprodução)

Polícia Civil investiga origem de ofensas contra moradores de Carmo do Rio Claro A Polícia Civil investiga publicações feitas em um perfil de rede social que expôs e fez acusações contra moradores de Carmo do Rio Claro (MG). Até o momento, dez pessoas já foram ouvidas. A página, que citava nomes e fazia alegações sem provas, já foi retirada do ar. 📲 Siga a página do g1 Sul de Minas no Instagram Uma das vítimas é a assistente de marketing Tifany Vilela. Ela conta que teve a imagem prejudicada e enfrentou problemas no trabalho e na família após ser citada no perfil. A situação, segundo ela, levou ao pedido de demissão. “Falaram de envolvimento com colegas de trabalho. As difamações afetaram minha vida familiar, meu casamento e a honra do meu esposo. Por isso eu saí do meu emprego, para tentar limpar o nome da minha família”, disse. Polícia Civil de Carmo do Rio Claro Polícia Civil O advogado dela registrou um boletim de ocorrência e agora busca provas para mover ações judiciais. “Além da ação penal, pretendemos pedir reparação de danos à imagem, porque houve prejuízo à pessoa dela, o que gera dever de indenização. Mas precisamos identificar os responsáveis pelas publicações”, afirmou o advogado Alesson André. Outras pessoas também foram alvo da página. Em uma publicação, um comerciante chegou a ser acusado de vender drogas. O jornalista Paulo Otávio Feliciano Melo Silva diz que sofreu abalo emocional ao ser citado. “Me senti exposto indevidamente. Depois veio uma tristeza muito grande pela repercussão. Também senti medo de estar sendo vigiado ou de ser visto pelos outros de uma forma que não é verdadeira”, contou. O delegado responsável pelo caso não quis gravar entrevista, mas informou que o inquérito foi aberto em 12 de novembro e deve ser concluído em dezembro. Segundo especialistas, além de difamação, os responsáveis podem responder por outros crimes. Quem interage com o conteúdo ofensivo também pode ser penalizado. “Quem curte, compartilha ou comenta instigando a ofensa pode responder junto com o autor da publicação, com possibilidade até de aumento de pena. Se houver envolvimento contínuo de mais de três pessoas, pode caracterizar associação criminosa”, explicou o advogado criminalista Carlos Diego Miranda. Polícia Civil investiga perfil em rede social que fez acusações e expôs moradores em Carmo do Rio Claro Reprodução EPTV O advogado acrescenta que a empresa responsável pela rede social também pode ser acionada judicialmente, desde que as vítimas guardem provas. “É importante registrar tudo. O ideal é procurar um advogado e lavrar uma ata notarial em cartório, com fé pública. Também é possível usar plataformas como o Veract, que geram um código hash, espécie de ‘digital’ da página, para uso como prova em juízo”, orientou. Tifany diz que espera apenas limpar sua imagem. “É só isso que eu quero: uma retratação, limpando a minha imagem que alguém sujou”, concluiu. Veja mais notícias da região no g1 Sul de Minas