Por que presentear no Natal cria vínculos e reduz o turnover nas empresas
Por que presentear no Natal cria vínculos e reduz o turnover nas empresas – Crédito: Divulgação Em muitas empresas brasileiras, a entrega da cesta de Nat...
Por que presentear no Natal cria vínculos e reduz o turnover nas empresas – Crédito: Divulgação Em muitas empresas brasileiras, a entrega da cesta de Natal parece apenas tradição. Mas, para áreas de Recursos Humanos e especialistas em comportamento organizacional, o gesto carrega um efeito silencioso e poderoso sobre a forma como os colaboradores se relacionam com o trabalho. Estudos recentes indicam que práticas de reconhecimento durante o fim do ano influenciam não só a percepção de pertencimento, mas também a motivação e a intenção de permanência na empresa. É um efeito que atravessa o dezembro festivo e chega, com força, ao chamado “janeiro emocional”, período em que as equipes retomam metas, reorganizam rotinas e enfrentam os primeiros desafios do novo ano. Por que o afeto importa — e por que ele funciona Especialistas explicam que o cérebro humano reage de forma diferente a gestos simbólicos. A entrega de um presente, por exemplo, ativa zonas ligadas à segurança, gratidão e memória afetiva. No ambiente corporativo, isso se traduz em um sentimento de ser visto algo que pesa, e muito, nas decisões de permanência. “Quando o colaborador percebe que houve cuidado, ele devolve esse cuidado em forma de engajamento”, explica a psicóloga organizacional. Segundo ela, “o vínculo emocional não substitui salário ou benefícios, mas atua como um reforço poderoso na construção de um clima saudável”. A cesta como símbolo de reconhecimento A cesta de Natal ocupa um lugar peculiar nessa dinâmica. Mesmo em tempos de benefícios digitais, cartões, vales e plataformas o produto físico permanece forte. RHs afirmam que a materialidade do presente reforça a sensação de presença da empresa na vida real do trabalhador. “Quando o colaborador leva a cesta pra família, ele leva também o nome da empresa. E isso gera uma conexão que nenhum aplicativo oferece”, avalia. Turnover e engajamento: o que os números revelam Pesquisas de clima indicam que equipes que recebem gestos de reconhecimento, especialmente no fim do ano, têm índices até 30% menores de turnover voluntário. O dado é explicado pela combinação de dois fatores: Percepção de valorização: colaboradores relatam sentir maior respeito e proximidade. Identidade emocional: o gesto simbólico cria memória positiva, reforçando o senso de pertencimento. Para empresas, o impacto é duplo: melhora na retenção e aumento no engajamento pós-férias. O que muda quando o gesto não acontece A ausência de reconhecimento no fim de ano gera o efeito contrário. RHs entrevistados afirmam que colaboradores interpretam o silêncio como descaso especialmente quando já existia um histórico de entrega da cesta. E o resultado aparece rapidamente: queda no entusiasmo, menor disposição para metas iniciais e, em muitos casos, o início da busca por outras oportunidades. O gesto é simbólico, mas o impacto é real Mesmo entre empresas que optam por gestos mais simples — como panetone, cartões ou kits menores — há um consenso: o que pesa não é o tamanho do presente, mas a intenção por trás dele. O que começa como uma entrega de fim de ano se transforma, para muitas famílias, em sinal de reconhecimento. E, no ambiente corporativo, reconhecimento ainda é um dos elementos mais estratégicos para manter talentos.